Paulo Amaral, treinador do Corinthians em 1964, foi um profissional de carreira internacional. Treinou a Juventus e o Genoa, ambos da Itália, nos anos 1960 e Porto, de Portugal, e Seleção Paraguaia nos anos 1970. Pela Seleção Brasileira participou das Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1966 como preparador físico, profissão que foi introduzida no futebol por ele em 1954, um ano depois de ter se graduado em Educação Física no Rio de Janeiro. Nas duas primeiras Copas que participou o resultado foi o título. Fora de campo ganhou o apelido de Sargento de ferro devido ao rigor nos treinamentos e também pelos quase dois metros de altura.

Já como treinador, a carreira de Paulo Amaral teve início em 1960 no Botafogo, onde sagrou-se campeão do Torneio Internacional de Bogotá-1960. Amaral já havia trabalhado no Glorioso em 1954, quando foi convidado por Sylvio Pirillo para ser o preparador físico do clube carioca. Depois do Fogão, o treinador foi para o Vasco da Gama e em seguida surgiu o primeiro convite internacional da carreira: a Juventus, da Itália. Amaral topou e tornou-se o primeiro técnico brasileiro a dirigir a squadra bianconera, onde foi vice-campeão italiano. Depois foi contratado pelo Corinthians.

Mesmo sem ter conquistados títulos pelos clubes que treinou, Paulo Amaral chegou com status de astro no Corinthians. Na época, o jejum de títulos já pesava sobre os corinthianos e o presidente Wadih Helu enxergava no treinador a possibilidade de sair da fila. O início foi empolgante. O Timão chegou a brigar pelo título do Torneio Rio-São Paulo, mas ficou pelo caminho depois de perder o clássico para o Palmeiras e terminou a competição na 7ª colocação. No Paulistão, Amaral preparou o time para disputar o título e para isso contou com o retorno do ídolo Luizinho. Contudo, o treinador comandou o time apenas nos seis primeiros jogos e depois voltou para Itália, para dirigir o Genoa. Quem assumiu o Corinthians foi o ex-jogador Roberto Belangero, que brigou pela taça até as últimas rodadas da competição.

Paulo Amaral dirigiu ainda Genoa, Atlético-MG, Bahia, Fluminense, Porto, América-RJ, Remo e Al Hilal, da Arábia Saudita. Seu título mais importante foi o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970 pelo Fluminense. Uma das marcas registrais de Amaral era o esquema 4-2-4, que virava um 4-3-3 quando o time perdia a bola. Depois do Al Hilal o treinador se aposentou do futebol. Aos 84 anos, morreu em 1º de maio de 2008.

No Corinthians, o treinador dirigiu o time em 28 jogos, com saldo de 16 vitórias, quatro empates e oito derrotas, além de 53 gols marcados e 35 sofridos. Aproveitamento de 71% dos pontos disputados. Curiosamente, Paulo Amaral foi um dos únicos técnicos a deixar o Corinthians por vontade própria durante o jejum de títulos entre 1954 e 1977.

Nome: Paulo Lima Amaral
Nascimento: 18/10/1923, Rio de Janeiro (RJ)
Falecimento: 01/05/2008, Rio de Janeiro (RJ)
Seleção: Paraguai (1973)
Principais clubes: Botafogo (1960-1961 e 1973), Vasco da Gama (1961-1962 e 1971), Juventus (1962-1963), Corinthians (1964), Genoa (1964-1965), Atlético-MG (1966), Bahia (1967-1968), Fluminense (1970), Porto (1971-1972), América-RJ (1974-1975), Remo (1976-1977) e Al Hilal (1978)
Títulos: Fluminense: Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1970); Botafogo: Torneio Internacional de Bogotá (1960)
Estreia: Cruzeiro 0x1 Corinthians (30/01/1964)

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