Adilson Batista (2010)

Adilson Batista foi jogador do Corinthians em 2000 e fez parte do time campeão Mundial de Clubes naquele ano. Dez anos depois foi contratado para ser técnico do clube. Foi chamado para substituir o técnico Mano Menezes, que depois de dois anos e meio trabalhando no clube foi convidado para dirigir a seleção brasileira. Na ocasião, Adilson estava desempregado, mas era cobiçado por outros clubes e sua contratação foi bem recebida pela torcida.

Como técnico, o paranaense iniciou a carreira dirigindo o Mogi Mirim, em 2001. Depois passou por América-RN, Avaí, Paraná, Paysandu, Sport e Figueirense com relativo sucesso, mas ganhou projeção nacional somente quando comandou o Grêmio e o Cruzeiro. Por este último sagrou-se bicampeão estadual e vice-campeão da Copa Libertadores-2009, sendo derrotado pelo Estudiantes (ARG) na final. Saiu do clube mineiro em junho de 2010, após um desgaste com a diretoria.

Adilson ficou desempregado até o final de julho, quando foi convidado para a vaga de Mano Menezes. Assumiu o Corinthians na 12ª rodada, no clássico com o Palmeiras, no Pacaembu, e ciente de que o objetivo do clube era conquistar o Campeonato Brasileiro no ano do centenário e uma vaga na Copa Libertadores-2011. Naquele momento, o Alvinegro liderava o nacional com 24 pontos, mas o empate em 1 a 1 com o rival acabou permitindo que o Fluminense assumisse a ponta.

O Corinthians voltaria a liderança somente 11 rodadas depois, em uma sequência que contou com vitórias sobre Flamengo, São Paulo, Fluminense e Santos - o melhor momento do time sob o comando de Adilson Batista. O treinador passou a ser elogiado pela imprensa e pelos torcedores, que destacavam o jogo ofensivo e versatilidade do time em campo. Contudo, logo após a vitória sobre o Santos, o time amargou um jejum de vitórias e conquistou apenas dois pontos de 15 possíveis.

Líder do brasileiro, a equipe corinthiana caiu para a terceira colocação. Adilson viveu então seu momento mais conturbado. Alguns torcedores invadiram o treino para cobrar os jogadores e também se reuniram com o presidente Andrés Sanchez e o vice-presidente Mário Gobbi exigindo mudanças. Entre as reivindicações estavam o pedido de afastamento do zagueiro Thiago Heleno e do volante Moacir, além do retorno do atacante Ronaldo, que estava recuperando a forma física.

O técnico também foi pressionado e a derrota para o Atlético-GO, no Pacaembu, foi fatal para sua continuidade. Adilson Batista não resistiu a pressão e deixou o clube depois de 17 jogos e 75 dias. A diretoria alegou que o treinador pediu demissão e fez um acordo amigável com o clube. No entanto, a história apresentada nos principais jornais era de que o treinador havia se desgastado com os principais líderes do time e com membros do Departamento de Futebol e por isso foi demitido.

Adilson nunca confirmou nenhuma das duas versões e sua saída do clube permaneceu um mistério. Durante o período em que esteve a frente do time, o Corinthians conquistou sete vitórias, quatro empates e seis derrotas, além de 32 gols marcados e 24 sofridos. O paranaense despediu-se do clube com 53% de aproveitamento dos pontos disputados e na terceira colocação do Brasileiro.

       
                       
      DADOS  
     

Nome: Adílson Dias Batista
Nascimento: 16/03/1968, Adrianópolis (PR)
Principais clubes: Mogi Mirim (2001), América-RN (2002), Avaí (2002-2003), Paraná (2003), Grêmio (2003-2004), Paysandu (2004), Sport (2005), Figueirense (2005-2006), Jubilo Iwata (2006-2007), Cruzeiro (2008-2010) e Corinthians (2010)
Principais títulos: Cruzeiro: Campeonato Mineiro (2008 e 2009) e Torneio de Montevidéu (2009); Figueirense: Campeonato Catarinense (2006); América-RN: Campeonato Potiguar (2002)
Estreia: Palmeiras 1x1 Corinthians (01/08/2010)

 
                       
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