Dino Sani (1969-1970 e 1975) | |||||||||||
Logo que encerrou a carreira como jogador, Dino Sani assumiu a cargo de técnico no Corinthians. Isso aconteceu em 1969, durante o jejum de grandes títulos do Alvinegro, que iniciou após a conquista estadual de 1954. Sani gozava de prestígio junto a diretoria e assumiu o posto sem contestação, substituindo Aymoré Moreira. Na primeira temporada sob o comando de Dino Sani, o time correspondeu e por pouco não encerrou o jejum de títulos, uma vez que tanto no Campeonato Paulista como no Torneio Roberto Gomes Pedrosa - que reunia os clubes mais fortes do país - a equipe chegou até o quadrangular decisivo com chance de título. No Estadual, o time liderou a primeira fase com 16 vitórias, quatro empates e apenas seis derrotas. Contudo, a morte do ponta-esquerda Eduardo e do lateral-direito Lidu em 28 de abril daquele ano, em um acidente na marginal Tietê, abalou o time. No quadrangular decisivo foram três derrotas para Palmeiras, Santos e São Paulo. No Robertão, o time também liderou a primeira fase com 10 vitórias, quatro empates e duas derrotas. No quadrangular decisivo, contra Botafogo, Cruzeiro e Palmeiras, dependia de uma vitória na última rodada para ser campeão, mas perdeu para o Cruzeiro e, com a vitória do Palmeiras sobre o Botafogo, acabou em terceiro. As únicas conquistas de Dino Sani vieram em disutas de menor expressão, com dois títulos internacionais. Primeiro o Torneio Costa do Sol, na Espanha, no qual o Alvinegro bateu o Barcelona na decisão. Depois, o Torneio Internacional de Nova York, nos Estados Unidos, em uma disputa com o River Plate, da Argentina. Em 1970, o técnico ainda conduziu o Corinthians no Paulistão, mas novamente não obteve êxito. Dirigiu o time até a última rodada, contra o São Paulo. O Timão foi derrotado pelo rival, que sagrou-se campeão estadual depois de 13 anos de jejum. A diretoria achou que hora de uma reciclagem e dispensou o treinador. Em 1975, Dino Sani foi convidado para retornar ao Corinthians, substituindo Sylvio Pirillo, mas ficou apenas três meses e 12 jogos no clube. Participou de amistosos e das últimas partidas do Paulistão. Pouco pode fazer e foi demitido depois de perder para o São Paulo, campeão estadual daquele ano, na última rodada. No total, Dino Sani comandou o Corinthians em 122 jogos, com 54 vitórias, 39 empates e 29 derrotas, 187 gols marcados e 116 sofridos. Conquistou dois torneios pelo clube e teve aproveitamento de 60% dos pontos disputados. Está entre os técnicos que mais dirigiram o Timão, ao lado de Mário Travaglini, na 10ª colocação. Depois do Timão, Dino Sani dirigiu Internacional, Palmeiras, Peñarol, Flamengo, Fluminense, Boca Juniors e Grêmio, entre outros. O convite para ser técnico da seleção nunca mais surgiu, mas ainda assim o técnicoi teve uma carreira vitoriosa . Foi tricampeão gaúcho com o Colorado e bicampeão uruguaio pelo Peñarol. Uma curiosidade sobre Dino Sani é que durante sua primeira passagem pelo Corinthians ele recebeu um convite para treinar a seleção brasileira no lugar de João Saldanha, mas não aceitou porque ainda não se julgava capacitado para o cargo. Zagallo foi então convidado e aceitou, sagrando-se tricampeão mundial. |
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DADOS | |||||||||||
Nome: Dino Sani |
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PELO CORINTHIANS | J |
V | E | D | GP | GC | % | ||||
1969* |
8 28 2 5 2 20 |
4 16 2 1 1 11 |
3 4 0 2 1 6 |
1 8 0 2 0 3 |
14 54 3 7 3 32 |
6 29 1 8 2 16 |
69 64 100 40 75 70 |
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1970* |
12 18 8 2 5 |
5 6 1 0 1 |
4 8 4 2 2 |
3 4 3 0 2 |
21 22 7 3 7 |
12 13 10 3 5 |
58 56 38 50 40 |
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1975* Amistosos Campeonato Paulista |
2 10 |
2 4 |
0 3 |
0 3 |
4 10 |
0 11 |
100 55 |
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TOTAL |
122 |
54 |
39 |
29 |
187 |
116 |
60 |
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*computado 2 pontos por vitória para efeito de estatística | |||||||||||
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