Emerson Leão (2006 e 2007) | |||||||||||
Em 2006, depois de fracassar na Copa Libertadores, o Corinthians enfrentou uma forte crise técnica, que, somada a crise política no clube, afetou o rendimento da equipe no Campeonato Brasileiro. Como resultado, das 19 rodadas do primeiro turno, o time passou 15 na zona de rebaixamento e ainda ficou oito jogos sem vencer. Temendo o pior, o presidente Alberto Dualib bancou a contratação do técnico Emerson Leão - vetado pela parceira MSI - para recuperar o time. Na época, Leão era badalado e somava passagens vitoriosas por Santos, São Paulo e Atlético-MG, clubes pelos quais conquistou títulos importantes, além de duas temporadas no comando da seleção brasileira. No Corinthians, ele foi contratado em agosto de 2006 para substituir Geninho e estreou na 17ª rodada do Brasileirão, com vitória sobre o Fluminense por 2-1. Contudo, desde o início Leão tentou enquadrar os jogadores considerados “galácticos” e arrumou problemas no time. Logo que assumiu o clube, o treinador disse que não gostava de argentinos, o que já criou um clima ruim com Mascherano, Sebastián Domingues e Tevez. Depois tirou a faixa de capitão de Tevez alegando que não compreendia o que o jogador falava; colocou Carlos Alberto no banco de reservas por considerá-lo acima do peso e barrou Mascherano por deficiência técnica. Curiosamente, os três deixaram o clube antes do fim da temporada. Dos “galácticos”, apenas Roger continuou no Alvinegro. Se por um lado o treinador foi rigoroso com os jogadores mais famosos, por outro promoveu e deu chance para jogadores das categorias de base, como Carlão, Daniel Grando, Élton, Marcelo Oliveira, Renato e Renato Santos. Além disso, Emerson Leão conduziu o time a uma arrancada surpreendente no Campeonato Brasileiro. O clube deixou a lanterna da competição e terminou o torneio na nona colocação, com 53 pontos, garantindo vaga na Copa Sul-Americana-2007. Em 2007, Leão deu início a um projeto de reformulação no elenco corinthiano. Indicou jogadores como Christian, Daniel, Jaílson, Jean Carlos e Tamandaré, mas a falta de resultados e o desgaste com o elenco encerrou sua trajetória no clube. No início de abril, antes do encerramento do Paulistão, o treinador selou um acordo amigável com a diretoria, que desobrigou o clube do pagamento da multa rescisória, e deixou o Corinthians com as portas abertas para um retorno no futuro. “Quero agradecer ao Corinthians. Foi o trabalho mais difícil e mais arriscado da minha carreira. Lembro o quanto tínhamos de conquistar quando cheguei ao clube. Conquistamos e continuamos na primeira divisão do futebol brasileiro, que é o lugar do Corinthians. Com alguns reforços, sei que esse grupo pode conquistar algo melhor. Deixei amigos aqui e as portas abertas, para quem sabe, um retorno. Assim, encerro minha passagem pelo Corinthians”, disse em sua despedida. Leão comandou o time em 46 jogos e obteve 22 vitórias, 13 empates e 11 derrotas, com 69 gols pró e 52 contra. Teve aproveitamento de 57% dos pontos disputados. Curiosamente, durante o período em que foi técnico, entre outubro e dezembro de 2006, os jogadores fizeram uma greve de silêncio contra a imprensa como forma de protesto por causa de algumas notícias que acusavam o time de tentar derrubar o técnico. Essa greve ficou conhecida como o “Manifesto da Árvore”. |
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DADOS | |||||||||||
Nome: Emerson Leão |
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PELO CORINTHIANS | J |
V | E | D | GP | GC | % | ||||
2006 Campeonato Brasileiro Copa Sul-Americana |
22 4 |
11 2 |
7 1 |
4 1 |
25 6 |
20 5 |
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2007 Campeonato Paulista Copa do Brasil |
17 3 |
7 2 |
4 1 |
6 0 |
32 6 |
26 1 |
49 78 |
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TOTAL |
46 |
22 |
13 |
11 |
69 |
52 |
57 |
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